sábado, 15 de outubro de 2011

CFA

"(...)Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nothing special, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, gin-seng e lexotan,depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-esta-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá, até o sol pintar atrás daqueles edifícios, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma?”
Hoje amanheceu tudo cinza; sentimento, tempo, perdão, compaixão. Vai ser um dia daqueles, astral zero.
Amanhã com a graça de Deus se assim ele permiti, vai ser razoável.
É razoável, o melhor é sempre os próximos dias.

Já aprendi.

Venha pra perto de mim e veja como eu estou só
Senta, não olha pro chão
A culpa não foi de ninguém, não
Ah, tô aprendendo a viver sem você...

Sei que o dia raiou para mim
Mas pra você tanto fez
Sei que não vou mudar sou assim
Mas pra você sou mais um

Ah, tô aprendendo a viver sem você
Ah, tô aprendendo e não quero aprender...


Vou voltando pro meu recanto
Lá é bem melhor
Não, não sei quem vai estar me esperando
Eu nunca vou estar só

Ah, tô aprendendo a viver sem você
Ah, tô aprendendo e não quero aprender...

domingo, 2 de outubro de 2011

Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável. 
Augusto Cury.